Síndrome Metabólica: o que é necessário saber?

Os sinais clínicos da síndrome metabólica podem ser facilmente detectados em uma visita ao consultório do médico ou da nutricionista, no entanto este diagnóstico leva tempo para ser reconhecido. Uma parceria entre os médicos e outros profissionais de saúde é fundamental para garantir o diagnóstico correto e o esclarecimento aos pacientes sobre os seus riscos e terapias adequadas.
As principais características da síndrome metabólica incluem o aumento do peso corporal e da circunferência abdominal (adiposidade central ou abdominal), elevação da glicemia, em jejum e/ou pós-prandial, a chamada intolerância à glicose, um perfil lipídico alterado com elevação dos triglicerídios e baixos níveis colesterol HDL-C, além de elevação da pressão arterial. As consequências imediatas destes fatores de risco são progressão da aterosclerose a maior resistência à insulina.
A avaliação dos pacientes que se apresentam sinais de síndrome metabólica deve incluir o seguinte:
  • Controle da pressão arterial e da frequência cardíaca
  • Acompanhamento do peso corporal
  • Medida da circunferência abdominal
  • Controle laboratorial da glicemia de jejum
  • Controle laboratorial do perfil lipídico (Triglicerídeos; colesterol total, HDL-C e LDL-colesterol calculada).
O terceiro relatório do “National Cholesterol Education Program Expert Panel ” definiu os indivíduos com a síndrome metabólica como tendo 3 ou mais os critérios listados abaixo. Os EUA National Heart, Lung, and Blood Institute, a American Diabetes Association, o CDC, e outras organizações profissionais têm adotado essa definição:
  • A obesidade abdominal- (circunferência da cintura > 102 cm em homens e > 88 cm nas mulheres
  • Hipertrigliceridemia (>= 150 mg / dl)
  • HDL- C baixo – < 40 mg / dL em homens e <50 mg / dL nas mulheres.
  • Pressão arterial elevada – >= 130/85 mm Hg
  • Glicose elevada em jejum – >= 110 mg / dL
A importância do diagnóstico da presença dos fatores de risco cardiovascular que compõem a chamada síndrome metabólica tem como objetivo exatamente alertar para a necessidade da redução de risco de doenças cardiovasculares. É importante saber que do ponto de vista epidemiológico os indivíduos com diabete melito tipo 2 são considerados como tendo “risco de doença cardiovascular equivalente aos dos indivíduos que tenham estabelecido doença cardiovascular como angina ou infarto prévio”.
As diretrizes enfatizam que para corrigir fatores de risco cardiovascular as medidas não podem ser reduzidas ao uso de medicamentos para baixar o colesterol. Precisa haver uma abordagem mais ampla.
Incluir a atividade física é fundamental para um programa bem sucedido, porém o exercício sozinho na perda de peso é menos efetivo que quando associado à restrição calórica. Ainda assim, o exercício é uma determinante chave do sucesso da manutenção a longo prazo da perda de peso.
Um programa de exercícios de atividade física moderada, se realizada regularmente por indivíduos com sobrepeso e obesidade, pode aumentar o consumo máximo de oxigênio e aptidão cardiorrespiratória assim, exercício regular facilitando a manutenção da perda de peso.
Recomenda-se que as pessoas de todas as idades incluam um mínimo de 30 minutos de atividade física de intensidade moderada na maioria, se não todos os dias da semana, por exemplo, a 30 minutos de caminhada rápida (>=3 mph), além de treinamento de resistência três vezes por semana.
Fonte: http://medscape.org/clinicalupdate/obesity-pandemic