Capacidade Máxima Cardiorrespiratória, Síndrome Metabólica e suas correlações com riscos cardiovasculares

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A Síndrome Metabólica é definida como uma soma de manifestações clínicas cuja a causa considerada como responsável é a resistência insulínica, o que leva a aumento de risco para doenças cardiovasculares. Os critérios vigentes para definir a síndrome, com algumas variações entre eles, são: o da Organização Mundial de Saúde (OMS), o do National Cholesterol Education Program (NCEP) e do Consenso Brasileiro sobre Síndrome Metabólica.
Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo:
  • Obesidade central – circunferência da cintura >88 cm na mulher e >102 cm no homem;
  • Hipertensão Arterial
  • Glicemia alterada (glicemia >110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
  • Triglicerídeos >150 mg/dl;
  • HDL colesterol <40 mg/dl em homens e <50 mg/dl em mulheres
 A hipertensão é uma condição comum e tratável, mas o controle da PA na comunidade continua abaixo do ideal. As técnica adequadas pra medir a pressão arterial e o reconhecimento da hipertensão do avental branco hipertensão mascarada são de extrema importância. Ambas as técnicas de MRPA e a MAPA são ferramentas úteis para controle do hipertenso.
No estudo “Maximal Estimated Cardiorespiratory Fitness, Cardiometabolic Risk Factors, and Metabolic Syndrome in the Aerobics Center Longitudinal Study” recentemente publicado pela Mayo Clinic, os autores observaram de uma relação inversa significativa entre aptidão física e síndrome metabólica, tanto para homens e mulheres. Neste estudo, Blair e colaboradores descobriram que cada melhoria de 1 MET na aptidão resulta uma redução de 13% e 15% em todas as causas e mortalidade risco de doença cardiovascular.
Em outro estudo, os autores Lakka e cols., usando medida mais fidedigna da capacidade cardiorrespiratória, que é o V_O2max, relataram que os homens que se exercitam de forma moderada (4,5 METs) em uma hora ou menos por semana eram 60% mais propensos a ter síndrome metabólica em comparação com os que se praticavam atividade física por mais de 3 horas por semana após o ajuste para coráveis, incluindo V_ O2max. Uma análise mais aprofundada deste mesmo grupo também revelou que os homens com um V_O2max inferior a 29,1 mL/kg 1 min, tinham uma probabilidade quase sete vezes maior de ter síndrome metabólica do que aqueles com um V_ O2max de 35,5 mL/kg min. Por conseguinte, a atividade física e aptidão parecem desempenhar um papel importante na prevalência da síndrome metabólica.
 Resultados do “Estudo de Oslo: dieta e exercício”, que utilizou treinamento físico somente, Katzmarzyk e cols.24 relataram que 30% dos participantes classificados como tendo síndrome metabólica no inicio de  estudo, após 20 semanas de exercício aeróbico não foram mais  qualificados como tendo síndrome metabólica.
Com base nestes resultados, várias considerações clínicas devem ser examinadas. A consideração mais importante é que a aptidão pode ser melhorada e os efeitos subsequentes na saúde são notáveis.
Nos diabéticos o aumento da atividade física e a modificação na dieta resultaram uma redução de 41% no desenvolvimento de síndrome metabólica.
No geral, os estudos constatam que a aptidão é fortemente e inversamente relacionada com a síndrome metabólica.
Fonte:
Maximal Estimated Cardiorespiratory Fitness, Cardiometabolic Risk Factors, and Metabolic Syndrome in the Aerobics Center Longitudinal Study .Conrad P. Earnest, PhD; Enrique G. Artero, PhD; Xuemei Sui, MD, MPH, PhD; Duck-chul Lee, PhD; Timothy S. Church, MD, MPH, PhD; and Steven N. Blair, PED