Hoje, mais de 35 milhões de pessoas vivem com demência, 54% dos quais vivem em países com rendimentos baixos ou médios. Os números dos afetados são duplicados a cada 20 anos.
Entre as pessoas mais velhas, a demência é a principal doença crônica contribuinte para deficiência e necessidade de cuidados.
A demência está afetando significativamente cada sistema de saúde no mundo, e grandes quantidades de recursos e dinheiro são gastos em cuidar de pessoas com demência.
É necessário buscar formas de modificar esta trajetória.
O exercício físico é visto como uma intervenção promissora para prevenir ou atrasar o declínio cognitivo em indivíduos com 50 anos ou mais. Estudo publicado recentemente no British Journal of Sports Medicine, procurou embasar de forma efetiva esta questão.
A pesquisa vasculhou 12. 820 registros, dos quais 39 estudos foram incluídos na revisão sistemática. A análise de 36 estudos mostrou que o exercício físico melhorou a função cognitiva (0,29; IC 95%: 0,17 a 0,41; p <0,01).
Intervenções de exercício aeróbio, treinamento de resistência, treinamento multicomponente e tai chi, todos tiveram estimativas pontuais significativas. Quando a prescrição do exercício foi examinada, uma duração de 45-60 min por sessão e pelo menos intensidade moderada, foram associados com benefícios para a cognição.
Os resultados da metanálise foram consistentes e independentes do domínio cognitivo testado ou do estado cognitivo dos participantes.
Conclusões:
O exercício físico melhorou a função cognitiva em pessoas mais de 50 anos, independentemente do estado cognitivo dos participantes ao iniciar o estudo.
Esta meta-análise fornece, aos clínicos, provas para recomendar que os pacientes façam exercícios aeróbicos e de resistência de pelo menos intensidade moderada em quantos dias da semana, conforme possível, de acordo com as diretrizes atuais do exercício para melhorar a função cognitiva.
Fonte: http://bjsm.bmj.com Joseph Michael Northey, Nicolas Cherbuin, Kate Louise Pumpa, Disa Jane Smee2, Ben Rattray. Abril 2017