O pulmão e o exercício

O pulmão é órgão com funções espetaculares, nem sempre colocado na proporção de sua relevância, quando se fala no exercício físico. Talvez, por sua fabulosa reserva em repouso que lhe permite suportar demandas enormemente aumentadas durante o exercício, sem ser necessariamente lembrado.

É o principal elo do corpo com o meio ambiente, sua área de superfície é 30 vezes a da pele.

A quantidade de ar que é necessário para respirar depende de qual é o nível de atividade física num dado momento.

Quando a pessoa esta sentada ocorre em geral 15 respirações por minuto, resultando cerca de 12 litros de ar mobilizado e, deste volume, os pulmões irão extrair apenas um quinto de litro de oxigênio.

Durante o exercício, há um aumento da frequência da respiração simultaneamente com outras modificações cardiovasculares, como a aceleração do coração e aumento da pressão arterial sistólica.

Exercitando-se vigorosamente, um atleta de alto nível pode aumentar a sua frequência de respiração para 40 a 60 vezes por minuto. Isso significa que eles tomam incríveis 100 a 150 litros de ar, extraindo deles cerca de cinco litros de oxigênio a cada minuto.

Mesmo aqueles que realizam exercícios moderados precisam dobrar a captação de ar realizada pelos pulmões. Os pulmões em geral guardam uma reserva para estas ocasiões que deve estar acima de 30 %.

Assim que começam a se mover os músculos, eles precisam de mais oxigênio e logo enviam informações para o cérebro. O cérebro por sua vez manda sinais de estimulo para os músculos que controlam a respiração (diafragma e os músculos entre as costelas) para que eles funcionem com maior frequência e, esta troca de informações e estímulos, faz como que aumente a frequência da respiração.

Várias modificações ocorrem tanto a nível pulmonar quanto na musculatura periférica. Nos pulmões o ar passar a permear regiões onde antes quase não passava. Ocorre também, simultaneamente, uma modificação a nível sanguíneo que passa a transportar uma quantidade maior de oxigênio.

O oxigênio é necessário para quebrar a glicose do alimento e produzir a energia que será o combustível para o exercício. Quando há pouco oxigênio, a energia é gerada de uma forma diferente, criando uma substância chamada de ácido lático (responsáveis pelas câimbras do esforço).

Os atletas com o treinamento fazem com que seus pulmões e músculos tornem-se mais eficiente e, o aparecimento do ácido lático é retardado, podendo, o exercício, ser mantido por períodos mais prolongados. Significa que os músculos podem trabalhar mais conforme este mecanismo é treinado.

Todas as pessoas que fazem exercícios, mesmo sem serem atletas, podem se beneficiar de exercícios para fortalecer seus pulmões e músculos.

Infelizmente, muitas pessoas com problemas pulmonares, têm medo de se exercitar, preocupados por estarem “sem fôlego”. Contudo, se construído gradualmente, o exercício pode ajudar a melhorar a respiração, o coração e os músculos, resultando em melhora na saúde a na qualidade de vida.

Fonte:
http://www.blf.org.uk/Home
John West; Fisiologia Respiratória ; University  of California;2000